Manifestos Cypherpunks

Manifestos Cypherpunks

Desde o grande alerta de Edward Snowden, em 2013, sobre o escândalo da vigilância massiva operada pelo governo estadunidense através da NSA, o mundo despertou para o fato de que estamos todos expostos ao monitoramento ubíquo, não só de governos como também de empresas.

Mas bem antes disso, ainda na década de 1990, surgiram os primeiros alertas contra esse problema, em diversos textos que já apontavam para o direito de cada um de proteger a sua privacidade com o uso da criptografia.

Para trazer um pouco dessa história, e reforçar a importância da proteção à privacidade, o projeto BaixaCultura e a editora Monstro dos Mares acabam de lançar o zine Manifestos Cypherpunks, como parte da coleção Tecnopolítica.

A publicação, organizada por Leonardo Foletto, traz para o público brasileiro alguns desses textos, como o Manifesto Criptoanarquista, de Timothy C. May, e o Manifesto Cypherpunk, de Eric Hugues, complementados pelo posfácio de André Ramiro, que faz um panorama do movimento no mundo e também no Brasil.

O movimento cypherpunk é uma vertente da cultura hacker que defende a utilização da criptografia e de outros métodos similares para provocar mudanças sociais e políticas. Como argumenta Foletto na introdução, o que está em jogo aqui é a proteção da privacidade contra a ideia de que estamos na era da transparência total, na qual tudo deve ser revelado. Afinal, como afirma Philip R. Zimmermann no texto Por que eu escrevi o PGP, que abre o zine: 

É pessoal. É privado. E não é da conta de ninguém além da sua. Você pode estar planejando uma campanha política, discutindo seus impostos ou tendo um romance secreto. Ou você pode estar se comunicando com um dissidente político em um país repressivo. Seja o que for, você não quer que seu e-mail privado ou seus documentos confidenciais sejam lidos por qualquer outra pessoa. Não há nada de errado em afirmar sua privacidade.

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E aqui para baixar o pdf.