Cooperativismo de Plataforma

Economias Colaborativas depois da bolha: o pêndulo colaboração - mercado

Isso que seguimos chamando “economia colaborativa” se diversificou tanto que hoje custa pensá-la como um só movimento. Enquanto o capitalismo de plataforma cria novas formas de exploração “sem patrão”, crescem as ferramentas que ajudam a se organizar e redescobrir o valor do associativismo. E tudo isso ocorre simultaneamente, às vezes até pelos mesmos canais. Como aproveitar as tecnologias a nosso favor, usar os dados de maneira ética e potencializar a inteligência coletiva para o bem?

Gig Economy: a glamorização do trabalho precário

Para muitas pessoas a Gig Economy significa flexibilidade e autonomia, para outras precarização e insegurança. Avanço ou retrocesso, o fato é que a Economia dos Bicos, caracterizada pela oferta de serviços através de plataformas digitais, não para de crescer. Diariamente uma multidão de pessoas participa de uma grande disputa digital pelo próximo trabalho informal. Por outro lado, muitas são as pessoas que tem tentado mostrar que a autonomia traz ainda mais força quando vem acompanhada de interdependência. Coletivos como Enspiral e Coliga, que decidiram compartilhar suas redes e recursos em benefício do grupo são bons exemplos disso. 

Cooperativismo de Plataforma: Os Perigos da Uberização, o bem comum como alternativa do trabalho e da vida

Trebor Scholz, 2017

O livro do artista e professor da The New School, em Nova York, Trebor Scholz acaba de ser lançado no Brasil pela editora Editora Elefante, Autonomia Literária & Fundação Rosa Luxemburgo. Scholz aponta a contradição do modelo de negócio de empresas como Uber e Airbnb, que se utiliza da noção de compartilhamento mas que na verdade extrai lucro de seus chamados “parceiros” sem oferecer quase nada em troca. Leitura obrigatória para se entender os atuais conflitos do capitalismo na era das redes.

Economia do Compartilhamento x Cooperativismo de Plataforma

Uber e Airbnb são grandes exemplos de como os valores da colaboração e do compartilhamento estão aos poucos prevalecendo na economia, certo? Não, errado, muito pelo contrário. As duas empresas representam na verdade a grande habilidade que o capitalismo tem de se reinventar e de conseguir incorporar a “simbologia” de algo novo e disruptivo para manter as coisas exatamente como são. Ou ainda piorá-las.

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