Economia Solidária

Economia Solidária

Quando se fala atualmente em economia peer-to-peer ou economia do comum, geralmente as referências são de exemplos bem recentes e em sua maioria internacionais, como é o caso das iniciativas do Cooperativismo de Plataforma, do qual falamos aqui. Porém, o Brasil tem já ampla experiência em uma vertente da economia do comum que merece ser mais conhecida: a economia solidária. Essa prática surge na Inglaterra no século XIX, vem para o Brasil no século XX, tendo maior desenvolvimento a partir da década de 1980. De 2003 a 2016, houve inclusive uma política nacional coordenada por Paul Singer, que foi Secretário Nacional de Economia Solidária durante os governos do PT.

Banco de Tempo – onde as horas de serviço são a moeda de troca

O Banco de Tempo não é uma ideia nova, mas ganhou força com as redes de comunicação. Ainda no século XIX, um dos pioneiros em pensar uma experiência em que as pessoas trocassem horas de trabalho foi o anarquista norte-americano Josiah Warren, com a sua Cincinnati Time Store. Na loja, que funcionou de 1827 a 1830, era possível efetuar trocas através de notas baseadas em horas de trabalho. A iniciativa está baseada no conceito de moeda social que por sua vez faz parte da chamada economia solidária. Uma moeda social é um tipo de moeda paralela administrada por seus próprios usuários em um regime de confiança mútua. Pode ser vista como uma prática de reinvenção da economia na medida em que estabelece um sistema de trocas para além das relações de mercado do sistema capitalista.

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