Algoritmos e democracia

Nos últimos tempos temos nos surpreendido com o poder dos algoritmos na definição de processos eleitorais. O caso mais conhecido ocorreu na eleição de Donald Trump em 2016, com a utilização de sofisticadas técnicas de manipulação da opinião pública através do Facebook pela Cambridge Analytica (CA), o que resultou na vitória do candidato republicano.

Técnica semelhante foi empregada pela campanha a favor do Brexit no Reino Unido no mesmo ano. Christopher Wylie, autodenominado cérebro da CA, conta como, através do processamento de dados pessoais, foi possível criar perfis psicológicos dos eleitores e direcionar propaganda maliciosa para pessoas mais suscetíveis a teorias conspiratórias.

Pois agora podemos entender tudo isso um pouco melhor lendo o recém lançado livro do professor e sociólogo Sergio Amadeu da Silveira sobre as implicações sociais do desenvolvimento das tecnologias do algoritmo: "Democracia e os códigos invisíveis: Como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas", à venda somente como e-book.

Um trecho da introdução:

"Uma sociedade comandada por algoritmos parece não ser uma sociedade transparente. Além disso, o processo de decisões algorítmicas pode não ser compreensível para a grande maioria das pessoas. Essas duas características colocam em dúvida as possibilidades democráticas dos algoritmos de machine learning, deep learning e outros tipos de algoritmos de inteligência artificial. Em um contexto neoliberal, de supremacia das empresas sobre outras unidades da sociedade, os riscos aumentam muito, principalmente se a análise de grande quantidade de dados permitirem ver coisas que sentimos."

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